Resenha do livro "Minha Razão de Viver"
Wilson Albino Pereira
O livro Minha razão de viver escrito por Samuel Wainer revela tanto os
bastidores da politica brasileira a partir dos anos de 1930 quanto particularidades
de seu escritor. Wainer, o homem das relações, foitambém conhecedor dos
meandros sociais. O livro aponta o jeito apaixonado e até certo ponto romântico
de se fazer jornalismo.
Samuel Wainer deixou sua
história gravadas em 53 fitas. O livro originado destas gravações deixa
transparecer a imagem de homem genial, impetuoso e sobretudo amado e igualmente
odiado por colegas de profissão. Seu “apadrinhamento” por Getúlio o transformou em uma celebridade. Seu contato com
políticos e artistas influentes possibilitou acessos e financiamentos
inimagináveis.
O apoio a Getúlio Vargas
transformou o jornalistaem alvo da perseguição. Carlos Lacerda, também
jornalista, e boa parte dos órgãos de imprensa da época atacaram Wainer. O
jornalista fora denunciado como estrangeiro e dono de um jornal, o que é
proibido pela Constituição brasileira. Mas seu conhecimento de mundo, a forma
de tratar os problemas e novamente o apoio de Getúlio fez com que Wainer
triunfasse inclusive a CPI na qual ele era acusado de receber do Banco do
Brasil grandes quantias endinheiro, tudo facilitado por Vargas.
Depois de ser achincalhado,
humilhado e perseguido pela mídia brasileira, Wainer sofre outro golpe, o
suicídio de Getúlio. Neste período, logo após o atentado contra Carlos Lacerda,
o povo obstinado pedia o impeachment do presidente. A chegada de JK ao governo
possibilitouque o Ultima hora e Wainer fossem os portadores da nova imprensa no
Brasil. Wainer foi contra o golpe de 1964. Ousado, criativo e vibrante acompanha
mudanças, ate 1970.
Wainer colecionou glórias
pessoais. Foi o único jornalista sul americano presente nos julgamentos dos
generais de Hitler, esteve com o prícioe Ali kan D. João de Orleans e Bragança,
MaoTse-Tung, apoiou e participou da campanha o “Petróleo é nosso”.
As crises que assolaram e
deram novos rumosaos governos de Getúlio Vargas, Jango Goulart, Jânio Quadros, Fernando
Collor e Dilma Rousseufftiveram participações da imprensa e do povo.
Entretanto, nunca se articulou tanto, difundiu-se tantas informações e praticou-se
tantas injustiças contra um presidente como na atualidade.
Em 2015, a economia do
Brasil diminuiu 3,8%. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), a queda tem a ver com a diminuição dos indicadores
de emprego e renda. O desgaste de 2,1% do saldo de operações de crédito do
sistema financeiro nacional para as pessoas físicas, do aumento do Sistema
Especial de Liquidação e Custódia(Selic), que chegou a 14,3% ao ano nos três
primeiros meses, versus 12,1% ao ano na mesma época de 2015.
O aumento da inflação em 10% nos três
primeiros meses de 2016, em comparação com o primeiro trimestre, de acordo com
economistas, tudo era previsto e inevitável, mas a situação econômica país
piorou muito mais. Além dos números somam-se a insatisfação popular, a
intolerância, incontáveis denúncias de corrupção, eis a receita para uma crise,
enfim. Talvez, parte da crise tenha a ver com meios de comunicação partidários.
Mídias tendenciosas que julgam e fazem campanhas contra quem tem interesse em
fazer a diferença no país. Muito além da
crise, população e imprensa tem opiniões divergentes que apontam caminhos
diversos, mas todos têm objetivos semelhantes – melhorias sociais e esperança
de um país mais justo e livre de corruptos.
!
ResponderExcluir