sábado, 18 de junho de 2016



Resenha do livro  "Minha Razão de Viver"

Wilson Albino Pereira 


O livro Minha razão de viver escrito por Samuel Wainer revela tanto os bastidores da politica brasileira a partir dos anos de 1930 quanto particularidades de seu escritor. Wainer, o homem das relações, foitambém conhecedor dos meandros sociais. O livro aponta o jeito apaixonado e até certo ponto romântico de se fazer jornalismo.

Samuel Wainer deixou sua história gravadas em 53 fitas. O livro originado destas gravações deixa transparecer a imagem de homem genial, impetuoso e sobretudo amado e igualmente odiado por colegas de profissão. Seu “apadrinhamento”   por Getúlio o transformou em uma celebridade. Seu contato com políticos e artistas influentes possibilitou acessos e financiamentos inimagináveis.

O apoio a Getúlio Vargas transformou o jornalistaem alvo da perseguição. Carlos Lacerda, também jornalista, e boa parte dos órgãos de imprensa da época atacaram Wainer. O jornalista fora denunciado como estrangeiro e dono de um jornal, o que é proibido pela Constituição brasileira. Mas seu conhecimento de mundo, a forma de tratar os problemas e novamente o apoio de Getúlio fez com que Wainer triunfasse inclusive a CPI na qual ele era acusado de receber do Banco do Brasil grandes quantias endinheiro, tudo facilitado por Vargas.

Depois de ser achincalhado, humilhado e perseguido pela mídia brasileira, Wainer sofre outro golpe, o suicídio de Getúlio. Neste período, logo após o atentado contra Carlos Lacerda, o povo obstinado pedia o impeachment do presidente. A chegada de JK ao governo possibilitouque o Ultima hora e Wainer fossem os portadores da nova imprensa no Brasil. Wainer foi contra o golpe de 1964. Ousado, criativo e vibrante acompanha mudanças, ate 1970.

Wainer colecionou glórias pessoais. Foi o único jornalista sul americano presente nos julgamentos dos generais de Hitler, esteve com o prícioe Ali kan D. João de Orleans e Bragança, MaoTse-Tung, apoiou e participou da campanha o “Petróleo é nosso”.

As crises que assolaram e deram novos rumosaos governos de Getúlio Vargas, Jango Goulart, Jânio Quadros, Fernando Collor e Dilma Rousseufftiveram participações da imprensa e do povo. Entretanto, nunca se articulou tanto, difundiu-se tantas informações e praticou-se tantas injustiças contra um presidente como na atualidade.

Em 2015, a economia do Brasil diminuiu 3,8%. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a queda tem a ver com a diminuição dos indicadores de emprego e renda. O desgaste de 2,1% do saldo de operações de crédito do sistema financeiro nacional para as pessoas físicas, do aumento do Sistema Especial de Liquidação e Custódia(Selic), que chegou a 14,3% ao ano nos três primeiros meses, versus 12,1% ao ano na mesma época de 2015.


O aumento da inflação em 10% nos três primeiros meses de 2016, em comparação com o primeiro trimestre, de acordo com economistas, tudo era previsto e inevitável, mas a situação econômica país piorou muito mais. Além dos números somam-se a insatisfação popular, a intolerância, incontáveis denúncias de corrupção, eis a receita para uma crise, enfim. Talvez, parte da crise tenha a ver com meios de comunicação partidários. Mídias tendenciosas que julgam e fazem campanhas contra quem tem interesse em fazer a diferença no país. Muito além da crise, população e imprensa tem opiniões divergentes que apontam caminhos diversos, mas todos têm objetivos semelhantes – melhorias sociais e esperança de um país mais justo e livre de corruptos.   

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