sábado, 18 de junho de 2016

Resenha Crítica do filme: “Confidencial”




“Confidencial”. Filme, estrelado por Truman Capote - interpretado por Toby Jones - conta com um enredo bastante criativo e atrativo. E a história relatada é mais do que interessante.

O ator principal da trama, Truman Capote consegue provocar várias sensações aos seus espectadores. O público mantém um misto de “sentimentos”. O jornalista possui características bastante específicas. Em um primeiro momento, achei o jornalista bastante fofoqueiro, intrometido e em outras ocasiões, chato. Mas com o desenrolar da trama, e com o tema central sendo tratado por Capote através da terceira pessoa, comecei a entender este jeito diferente do comunicador.

Aceitei então, a forma com a qual ele buscava as informações. Chegando a conclusão de que eram métodos bastante ousados. Capote, não registrava as conversas em pequenos cadernos e não gravava o informal bate-papo. Acreditava que isso poderia intimidar a sua fonte. Sua memória muitas vezes foi colocada a prova. Seus relatos eram “fiéis” a tudo aquilo, que de fato, ele imaginava ter acontecido.

O fato narrado pelo jornalista ocorreu em uma pequena cidade dos Estados Unidos. Capote, não pensou duas vezes, e embarcou para mais uma “aventura”. Consigo levou sua fiel escudeira. A também escritora/jornalista, Harper Lee, que juntos, formaram uma dupla de sucesso. Lee conseguia entrevistas que o seu amigo não imaginaria conseguir: devido ao seu excêntrico jeito de ser.

A parceria deu certo. O repórter, editor, diretor e etc, adentrou em locais que outros companheiros de imprensa não haviam alcançado. E mais, teve diálogos bem próximos com os suspeitos de terem cometido o assassinato - contra esta família -.

Já imaginou você acompanhando um caso como outro qualquer, mas que a partir de um certo ponto você se encontra completamente envolvido com os suspeitos. Foi o que aconteceu. Quando se deu por ele, Capote já estava completamente preso à história de vida de um dos assassinos. Este é outro detalhe bastante interessante do filme. Pois você se coloca no lugar daquele indivíduo. Tentando entender o porque dele ter cometido tal crime.

Como não se envolver mentalmente e emocionalmente com o relato desta tragédia?! Jornalismo misturou-se com a literatura. Mais um ponto positivo para Truman. Ele demonstrou todas as façanhas do jornalismo, tudo mesmo, desde pontos positivos até pontos negativos, mas fez aquilo que parecia novidade na época: viveu, conviveu e entendeu a mente de um criminoso, ou seja, o repórter “virou bandido”.

O título do livro somado ao título do filme, proporcionou de fato, uma confidência e um sangue frio. Todos os envolvidos demonstraram este “sangue frio”. Os criminosos quando cometem o crime, e o jornalista, quando se adentra neste universo. Passando a ser o personagem principal. Vivendo e relatando todos os detalhes.

Capote Levou o seu público para dentro do mundo da comunicação. Seja, este mundo bom ou ruim. Portanto, para a realização de certas reportagens, deve-se pesar as consequências.



Guilherme Mattos de Souza

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