Resenha do Filme
Capote
Yolanda Magesty Vieira Gomes Neta
Capote é um filme lançado em 2006, e foi indicado em seis categorias do Oscar
do mesmo ano. O filme conta a historia do Jornalista Truman Capote, interpretado por Philip Seymour
Hoffman, que em 1959 ao ler uma noticia no jornal New York Times sobre o
assassinato de uma família em uma fazenda, se interessa pelo caso e vê uma
oportunidade de escrever uma historia interessante.
Junto de sua amiga
Harper Lee (Catherine Keener), Capote viaja
para a pequena cidade no Kansas, aonde chega ate mesmo a chocar a
sociedade que vive ali, pelos seus trejeitos. Ao trabalhar na historia,
ele percebe que tem material suficiente para lançar um livro,
trata-se de A Sangue Frio, sua mais famosa e
reconhecida obra.
O livro foi uma
revolução no modo de se fazer jornalismo, pois Capote se envolveu intensamente
com a historia, e com os assassinos, desenvolvendo ate mesmo uma amizade com um
deles, Perry Smith (Clifton Collins Jr). Foram necessários
seis anos para terminar o livro, pois além da examinar tudo que tinha sobre o
crime, ele decidiu termina-lo apenas depois que as sentenças dos assassinos
fossem cumpridas. Eles foram executados na forca, o que causou um desconforto
grande a Capote, pois ele acompanhou a execução de seu amigo Perry Smith, isso
se fazia necessário para o bem do Livro.
O filme não
é uma cinebiografia da Truman Capote, pois mostra apenas o período de produção
de A Sangue Frio, porem não deixa escapar como era o Jornalista. A vida de
Capote é mostrada no filme, mas em segundo plano. Sem jogar na cara dos
telespectadores, a caracterização de Phillip Seymour
Hoffman consegue mostrar quem era o já famoso escritor, talvez essa seja um dos
maiores méritos do filme.
Além de mostrar o
processo de criação do Livro, o filme tem cenas chocantes, como a execução dos
assassinos. E ele também é capaz de mostrar o lado humano de pessoas que
fizeram algo terrível. Tudo isso graças a Capote.
O livro A
Sangue Frio foi lançado em 1966, e após ele Truman Capote nunca mais
voltou a escrever. Talvez seu maior processo criativo, ou o envolvimento com
uma historia tão pesada e complexa o fez perceber que já estava bom.
Ok
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