Resenha
Critica - livro Minha razão de viver – Memórias de um repórter
Por
Denise Melo
A
autobiografia de Samuel Wainer é de fato muito interessante
sobretudo pelas experiências que viveu e as histórias de Getúlio
Vargas, Assis Chateubriand, João Goulart, Juscelino Kubitschek,
Jânio
Quadros, figuras que fizeram parte importante na história do nosso
país.
Jornalista
e fundador do jornal Ultima Hora conta em seu livro os bastidores do
poder das estratégias econômicas e importantes personagens tanto da
politica quanto do jornalismo brasileiro.
Seu
livro norteia o momento conturbado da politica do nosso país uma
fase complicada em que a democracia brasileira se firmava e que
antecederam o Golpe militar. Wainer além de falar muito sobre suas
experiências e turbulências no jornalismo, conta
momentos
no mínimo
interessantes,
aborda principalmente os bastidores da história politica.
Uma
parte interessante da história de Wainer é que mesmo não tendo o
dom da escrita mesmo não sendo o melhor dos jornalistas tecnicamente
falando com poucos recursos ele superou todos os obstáculos e
conseguiu firmar e criar um dos principais jornais do país naquela
época. Isso só foi possível por que ele soube aproveitar as
oportunidades que a vida lhe proporcionou, principalmente
a relação muito próxima que teve com Getúlio Vargas.
Apesar
de ser um livro que demonstra que em vários momentos ele mesmo
sabendo de muitos erros e manipulações não interferiu e foi sim
muito manipulado pela classe dominadora, presidentes e empresários
mesmo assim não escreveu com ódio nem se vingou de seus inimigos e
adversários.
Quando
Getúlio morre Samuel Weiner perde sua ibnfluência e seu sucesso já
que o intermediados de todos os furos e sucesso do seu jornal eram em
muito favorecidos por Vargas. Digamos que ele perdeu a fama e ficou
mal visto e até mal quisto pela população brasileira.
A
orquestra politica montada e a presença dos mensalões os mesmos que
acontecem até o momento atual. Um exemplo foi quando na época
Weiner foi obrigado a depor para comprovar os altos valores que ele
recebia para seu jornal. Essa comparação é clássica e poderíamos
dizer até que clichê pois está voltada aos escândalos políticos
que vivenciamos dia a dia na politica brasileira. A única diferença
é que naquela época não se usava o termo “caixa 2”, porém os
larápios praticavam da mesma forma e pelo visto desenvolveram e
ampliaram o processo de expansão do escárnio político que vivemos
até o momento.
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