sexta-feira, 17 de junho de 2016

Resenha Critica - livro Minha razão de viver – Memórias de um repórter

Resenha Critica - livro Minha razão de viver – Memórias de um repórter

Por Denise Melo

A autobiografia de Samuel Wainer é de fato muito interessante sobretudo pelas experiências que viveu e as histórias de Getúlio Vargas, Assis Chateubriand, João Goulart, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros, figuras que fizeram parte importante na história do nosso país.

Jornalista e fundador do jornal Ultima Hora conta em seu livro os bastidores do poder das estratégias econômicas e importantes personagens tanto da politica quanto do jornalismo brasileiro.

Seu livro norteia o momento conturbado da politica do nosso país uma fase complicada em que a democracia brasileira se firmava e que antecederam o Golpe militar. Wainer além de falar muito sobre suas experiências e turbulências no jornalismo, conta momentos no mínimo interessantes, aborda principalmente os bastidores da história politica.

Uma parte interessante da história de Wainer é que mesmo não tendo o dom da escrita mesmo não sendo o melhor dos jornalistas tecnicamente falando com poucos recursos ele superou todos os obstáculos e conseguiu firmar e criar um dos principais jornais do país naquela época. Isso só foi possível por que ele soube aproveitar as oportunidades que a vida lhe proporcionou, principalmente a relação muito próxima que teve com Getúlio Vargas.

Apesar de ser um livro que demonstra que em vários momentos ele mesmo sabendo de muitos erros e manipulações não interferiu e foi sim muito manipulado pela classe dominadora, presidentes e empresários mesmo assim não escreveu com ódio nem se vingou de seus inimigos e adversários.

Quando Getúlio morre Samuel Weiner perde sua ibnfluência e seu sucesso já que o intermediados de todos os furos e sucesso do seu jornal eram em muito favorecidos por Vargas. Digamos que ele perdeu a fama e ficou mal visto e até mal quisto pela população brasileira.

A orquestra politica montada e a presença dos mensalões os mesmos que acontecem até o momento atual. Um exemplo foi quando na época Weiner foi obrigado a depor para comprovar os altos valores que ele recebia para seu jornal. Essa comparação é clássica e poderíamos dizer até que clichê pois está voltada aos escândalos políticos que vivenciamos dia a dia na politica brasileira. A única diferença é que naquela época não se usava o termo “caixa 2”, porém os larápios praticavam da mesma forma e pelo visto desenvolveram e ampliaram o processo de expansão do escárnio político que vivemos até o momento.


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