A grande história de Minha
Razão de Viver- Memórias de um repórter gira em torno de Samuel Wainer, jornalista
e amigo de Getúlio Vargas. O livro de 282 páginas também narra a relação de ódio
entre Carlos Lacerda e Wainer.
O Jornalista trabalhou no Diário dos Associados e em 1938
fundou com Azevedo Amaral pelo jornal, a revista “Diretrizes”. Foi por meio
desta revista que Wainer iniciou suas relações com Vargas, tornando- a com o perfil
populista.
Wainer realiza o seu grande sonho de criar o próprio jornal, conhecido como “Última Hora”, o jornal apoiava Getúlio, já que foi
financiado pelo mesmo. A trajetória da mídia no Brasil e sua ligação com a
política é muito antiga. A primeira relação da imprensa no Brasil com a política veio com a
família real, em 1808, com a criação da Impressão Régia. Nesta época tudo que
se publicava na Impressão passava por uma comissão para fiscalizar que nenhum
conteúdo contrário a religião, governo e bons costumes fosse publicado.
Um exemplo bem próximo a história de Samuel Wainer é a
própria história de Assis Chateaubriand que construiu um império na
comunicação. Segundo historiadores, tudo que Assis conquistou foi com
interesses e compromissos políticos, incluindo a proximidade com o próprio
presidente Getúlio Vargas.
A situação política atual de ‘parcerias’ entre os
políticos e empresários da comunicação permanece em muitos lugares intacta.
Neste ano, o prefeito de Montes Claro, Ruy Muniz, assumiu o controle do jornal Hoje em Dia. A empresa Ediminas, proprietária do jornal, foi criada em 1988 pelo então governador Newton Cardoso, segundo ele,
a ação foi em resposta a uma suposta perseguição que o político sofria por
parte do jornal Estado de Minas.
Podemos dizer que também atualmente existe um oligopólio
na mídia brasileira que é influenciada pela política, já que grandes políticos
como Ruy é que estão à frente da comunicação.
A biografia de Wainer foi lançada pela sua filha, Débora Pinky
Wainer e pelo jornalista Augusto Nunes, oito anos após sua morte. Baseada em 53
fitas gravadas narradas em primeira pessoa sobre sua infância no bairro Bom Retiro, em São Paulo, até os
momentos vividos em seu jornal Última
Hora. O jornalista nasceu em Bessarábia, Rússia, em 19 de dezembro de 1910
e chegou ao Brasil aos dois anos de idade com seus pais.
Luana Aparecida
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