domingo, 19 de junho de 2016

Minha Razão de Viver- Memórias de um repórter

A grande história de Minha Razão de Viver- Memórias de um repórter gira em torno de Samuel Wainer, jornalista e amigo de Getúlio Vargas. O livro de 282 páginas também narra a relação de ódio entre Carlos Lacerda e Wainer.

O Jornalista trabalhou no Diário dos Associados e em 1938 fundou com Azevedo Amaral pelo jornal, a revista “Diretrizes”. Foi por meio desta revista que Wainer iniciou suas relações com Vargas, tornando- a com o perfil populista.

 Wainer realiza o seu grande sonho de criar o próprio jornal, conhecido como “Última Hora”, o jornal apoiava Getúlio, já que foi financiado pelo mesmo. A trajetória da mídia no Brasil e sua ligação com a política é muito antiga. A primeira relação da imprensa no Brasil com a política veio com a família real, em 1808, com a criação da Impressão Régia. Nesta época tudo que se publicava na Impressão passava por uma comissão para fiscalizar que nenhum conteúdo contrário a religião, governo e bons costumes fosse publicado.

Um exemplo bem próximo a história de Samuel Wainer é a própria história de Assis Chateaubriand que construiu um império na comunicação. Segundo historiadores, tudo que Assis conquistou foi com interesses e compromissos políticos, incluindo a proximidade com o próprio presidente Getúlio Vargas.

A situação política atual de ‘parcerias’ entre os políticos e empresários da comunicação permanece em muitos lugares intacta. Neste ano, o prefeito de Montes Claro, Ruy Muniz, assumiu o controle do jornal Hoje em Dia. A empresa Ediminas, proprietária do jornal, foi criada em 1988 pelo então governador Newton Cardoso, segundo ele, a ação foi em resposta a uma suposta perseguição que o político sofria por parte do jornal Estado de Minas.

Podemos dizer que também atualmente existe um oligopólio na mídia brasileira que é influenciada pela política, já que grandes políticos como Ruy é que estão à frente da comunicação.

A biografia de Wainer foi lançada pela sua filha, Débora Pinky Wainer e pelo jornalista Augusto Nunes, oito anos após sua morte. Baseada em 53 fitas gravadas narradas em primeira pessoa sobre sua infância  no bairro Bom Retiro, em São Paulo, até os momentos vividos em seu jornal Última Hora. O jornalista nasceu em Bessarábia, Rússia, em 19 de dezembro de 1910 e chegou ao Brasil aos dois anos de idade com seus pais.

Luana Aparecida



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