domingo, 19 de junho de 2016

Resenha do livro Minha Razão de Viver – Samuel Wainer

Por Gabriela Angélica 

O livro Minha Razão de Viver - Memórias de um Repórter, de Samuel Wainer, é uma autobigrafia organizada pelo jornalista Augusto Nunes. Traz o relato sobre sua vida, relatos esses cedidos por sua filha Pink Wainer, de como tudo começou e como Samuel teve interesse pela profissão de jornalista. 

Jornalista e empresário brasileiro, Samuel Wanier nasceu no Bom Retiro em São Paulo, iniciou sua carreira como jornalista no Rio de Janeiro na coluna Diário de Notícias da sociedade israelita, onde seu primeiro entrevistado foi Getúlio Vargas. “Profeta” era como Vargas se referia a Samuel Wainer, fundador do jornal Última Hora, jornal criado com o objetivo de ser a expressão do getulismo na imprensa. O apelido foi criado por Getúlio em uma conversa particular com Samuel, às vésperas de sua posse como presidente eleito em 1950.

Wainer cita em seu livro grandes nomes, como como Getúlio Vargas, Assis Chateubriand, João Goulart, Juscelino Kubitschek e até Chacrinha. Trabalhou em revistas e foi diretor de redação, no entanto ele sabia que a lei no Brasil proibia um estrangeiro ser dono de qualquer tipo de veículo de comunicação.

Minha Razão de Viver é um livro biográfico, onde Waneir conta quais foram as vitórias e dificuldades que enfrentou para ser jornalista. Além de contar sobre a sua vida, ele também traça um papel da história política do Brasil, usando uma linguagem clara e objetiva. Enfim ele conta diversas histórias e momentos de como se tornou jornalista e como era a vida de jornalista naquela época tão conflituosa, onde apenas elite conseguia manter um jornal.

Relatando a questão sobre os dias de hoje, não muda muita coisa, pois o Brasil parece estar vivendo no passado, onde a falta de interesse com a política é visível entre a população. A imparcialidade é uma das questões principais discutidas na ética do jornalismo. E nos dias atuais, isso está muito longe de acontecer, pois quando se trata de política, os meios de comunicação são absolutamente parciais. Temos um grande e visível exemplo em relação à parcialidade quando se fala em política no Brasil, o caso da presidente Dilma Rousseff e presidente interino Michel Temer. 

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