Embora o livro “Minha Razão de Viver: Memórias de um
Repórter” remonte décadas do século passado, as realidades políticas retratadas
na obra têm muito a ver com as de hoje.
A obra é uma autobiografia de Samuel Wainer, organizada a partir de registros deixados por ele mesmo e editada pelo jornalista Augusto Nunes (com a ajuda de Pinky Wainer, filha de Samuel).
O que mais me chama a atenção no livro é a parcialidade política e a falta de isenção assumidas dos jornais e revistas da época. Samuel Wainer e o Última Hora, assim como Assis Chateaubriand e os Diários Associados e Carlos Lacerda com a Tribuna da Imprensa, usavam suas publicações oligopolísticas como canais de defesa de interesses pessoais e políticos. Hoje, não raros são os casos de jornais e revistas que apresentam direcionamentos políticos escancarados e abrem mão de um jornalismo limpo para lutar por interesses internos.
Embora acusado de ser protagonista do favoritismo de órgãos federais, incluindo o Banco do Brasil, Weiner nunca foi declarado oficialmente culpado por causa da insuficiência de provas. Nos dias de hoje, ainda são muitas as suspeitas de ligações diretas entre veículos de imprensa e governos, sejam municipais, estaduais e federais, mas na maioria dos casos não há comprovação.
Uma outra relação que podemos estabelecer entre Minha Razão de Viver e a realidade política atual, guardadas as devidas proporções, é o apoio mútuo entre Vargas e Wainer, assim como entre Dilma Rousseff e o perfil "Dilma Bolada" nas redes sociais.
Samuel e Getúlio desenvolveram, desde a entrevista na qual, com exclusividade, foi sugerida uma possibilidade de candidatura nas eleições presidenciais de 1950, uma forte relação de parceria. O político (Vargas) conseguia a ampliação do alcance popular e das bases de apoio, enquanto o jornalista tinha um forte crescimento da popularidade, do apoio político e das filiais espalhadas pelo Brasil.
E a a então candidata à reeleição e depois presidente reeleita da República Dilma Rousseff, tinha (e ainda tem) dificuldades de se expressar de forma tão articulada e popular quanto o ex-presidente Lula e o principal adversário, Aécio Neves. O publicitário Jeferson Monteiro criou perfis nas principais redes sociais, fazendo publicações sobre política e assuntos variados, usando a imagem de Dilma. Assim, ele ganhava milhões de acessos na internet e ajudava no aumento da popularidade da própria Dilma.
Embora também não tenha sido oficialmente comprovada uma ligação direta entre o PT e o perfil Dilma Bolada, a sócia marjoritária da agência que cuidava da imagem digital do partido disse, em delação premiada, que pagava R$ 20 mil mensais a Jeferson.
O que mais me chama a atenção no livro é a parcialidade política e a falta de isenção assumidas dos jornais e revistas da época. Samuel Wainer e o Última Hora, assim como Assis Chateaubriand e os Diários Associados e Carlos Lacerda com a Tribuna da Imprensa, usavam suas publicações oligopolísticas como canais de defesa de interesses pessoais e políticos. Hoje, não raros são os casos de jornais e revistas que apresentam direcionamentos políticos escancarados e abrem mão de um jornalismo limpo para lutar por interesses internos.
Embora acusado de ser protagonista do favoritismo de órgãos federais, incluindo o Banco do Brasil, Weiner nunca foi declarado oficialmente culpado por causa da insuficiência de provas. Nos dias de hoje, ainda são muitas as suspeitas de ligações diretas entre veículos de imprensa e governos, sejam municipais, estaduais e federais, mas na maioria dos casos não há comprovação.
Uma outra relação que podemos estabelecer entre Minha Razão de Viver e a realidade política atual, guardadas as devidas proporções, é o apoio mútuo entre Vargas e Wainer, assim como entre Dilma Rousseff e o perfil "Dilma Bolada" nas redes sociais.
Samuel e Getúlio desenvolveram, desde a entrevista na qual, com exclusividade, foi sugerida uma possibilidade de candidatura nas eleições presidenciais de 1950, uma forte relação de parceria. O político (Vargas) conseguia a ampliação do alcance popular e das bases de apoio, enquanto o jornalista tinha um forte crescimento da popularidade, do apoio político e das filiais espalhadas pelo Brasil.
E a a então candidata à reeleição e depois presidente reeleita da República Dilma Rousseff, tinha (e ainda tem) dificuldades de se expressar de forma tão articulada e popular quanto o ex-presidente Lula e o principal adversário, Aécio Neves. O publicitário Jeferson Monteiro criou perfis nas principais redes sociais, fazendo publicações sobre política e assuntos variados, usando a imagem de Dilma. Assim, ele ganhava milhões de acessos na internet e ajudava no aumento da popularidade da própria Dilma.
Embora também não tenha sido oficialmente comprovada uma ligação direta entre o PT e o perfil Dilma Bolada, a sócia marjoritária da agência que cuidava da imagem digital do partido disse, em delação premiada, que pagava R$ 20 mil mensais a Jeferson.
Ok
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