Resenha
Minha Razão de Viver
Yolanda Magesty
Vieira Gomes Neta
Lançada
oito anos após sua morte, a autobiografia de Samuel Wainer foi lançada em 1988.
Editado por sua filha Pinky
Wainer, a obra Minha Razão de Viver, foi toda
narrada em primeira pessoa pelo próprio Samuel Wainer retirado de 53 fitas
gravadas. Nele é contada a historia do jornalista, desde sua infância, sua
amizade com o então presidente Getúlio Vargas, á criação de seu jornal “A
Última Hora”.
A obra está fora de ordem cronológica, ela
começa com sua entrevista com Getúlio Vargas, o que o ajudou muito a se tornar
um conhecido jornalista. Após essa entrevista, Samuel Wainer conseguiu a
confiança do presidente, conhecido com o “Pai dos pobres”. Sua biografia
passeia, de sua amizade com Getúlio, brigas com Carlos Lacerda, e sua vida
pessoal, mostrando sua família e sua iniciação no jornalismo.
A Razão
de Viver, só começou a ser contado de fato na segunda metade do livro,
quando há a criação de seu próprio jornal “A Última Hora”, jornal no qual teve
ajuda financeira do estado, e apoiava Getúlio Vargas.
O momento politico que se passa em grande
parte do livro, pode ser comparado com o atual momento do Brasil. Naquela época
existia uma perseguição ao chamado populismo de Getúlio Vargas. O jornalista
Carlos Lacerda que fazia grande oposição ao Governo Vargas, também se tornou
desafeto de Samuel Wainer junto com Assis Chateaubriand, que fizeram de tudo
para acabar com ele.
Igual nos tempos de hoje, a imprensa tem seu
lado, e influenciam muito na sociedade. A perseguição a meios de comunicação e
a políticos ainda existem. E ao longo do livro, consegue-se entender todos os
lados que são retratados. Parece que tudo depende de sua ideologia e suas
necessidades para explicar quem defender, igual o que ocorre hoje.
Como qualquer autobiografia, a de Samuel
Wainer não é diferente, conta as historias sobre seu ponto de vista. Então “Minha
Razão de Viver” pode não conter apenas a verdade. Porém, isso não faz com que a
obra não seja interessante, e vale muito a pena lê-la.
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