domingo, 19 de junho de 2016

Resenha: Minha Razão de Viver

Resenha Minha Razão de Viver

Yolanda Magesty Vieira Gomes Neta

Lançada oito anos após sua morte, a autobiografia de Samuel Wainer foi lançada em 1988. Editado por sua filha Pinky Wainer, a obra Minha Razão de Viver, foi toda narrada em primeira pessoa pelo próprio Samuel Wainer retirado de 53 fitas gravadas. Nele é contada a historia do jornalista, desde sua infância, sua amizade com o então presidente Getúlio Vargas, á criação de seu jornal “A Última Hora”.
A obra está fora de ordem cronológica, ela começa com sua entrevista com Getúlio Vargas, o que o ajudou muito a se tornar um conhecido jornalista. Após essa entrevista, Samuel Wainer conseguiu a confiança do presidente, conhecido com o “Pai dos pobres”. Sua biografia passeia, de sua amizade com Getúlio, brigas com Carlos Lacerda, e sua vida pessoal, mostrando sua família e sua iniciação no jornalismo.
A Razão de Viver, só começou a ser contado de fato na segunda metade do livro, quando há a criação de seu próprio jornal “A Última Hora”, jornal no qual teve ajuda financeira do estado, e apoiava Getúlio Vargas.
O momento politico que se passa em grande parte do livro, pode ser comparado com o atual momento do Brasil. Naquela época existia uma perseguição ao chamado populismo de Getúlio Vargas. O jornalista Carlos Lacerda que fazia grande oposição ao Governo Vargas, também se tornou desafeto de Samuel Wainer junto com Assis Chateaubriand, que fizeram de tudo para acabar com ele.
Igual nos tempos de hoje, a imprensa tem seu lado, e influenciam muito na sociedade. A perseguição a meios de comunicação e a políticos ainda existem. E ao longo do livro, consegue-se entender todos os lados que são retratados. Parece que tudo depende de sua ideologia e suas necessidades para explicar quem defender, igual o que ocorre hoje.

Como qualquer autobiografia, a de Samuel Wainer não é diferente, conta as historias sobre seu ponto de vista. Então “Minha Razão de Viver” pode não conter apenas a verdade. Porém, isso não faz com que a obra não seja interessante, e vale muito a pena lê-la. 

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