Por Noemia Silva
Samuel Wainer morreu aos 68 anos de
idade. A sua infância foi tumultuada porque seus pais eram judeus. Ainda
criança mudou-se para o Brasil. Mais velho, começou a sua carreira no curso de
Farmácia, depois foi leiloeiro e participou de alguns jornais israelitas e
judeus e, a partir daí, se apaixonou pelo jornalismo.
Após entrevistar Getúlio Vargas, uma amizade
surgiu. Dessa amizade, nasceu o jornal populista "Última Hora",
focado em interesses do então presidente, buscando transformar os moldes
tradicionais de se fazer notícia, tornando-o assim, um jornalista
consagrado. Para Samuel Wainer, isso não mudou a
sua postura profissional e com humildade soube conduzir sempre com reta
intenção a caminhada por ele sonhada. Este jornal se destacou por
suas inovações e grandes reportagens. Sofreu muitas dificuldades financeiras,
ataques dos concorrentes e problemas com a questão de sua nacionalidade e a
procedência do dinheiro do jornal.
Para mim, todos que estão direta e indiretamente
relacionados com o jornalismo precisam ler esse livro. Ele traz uma forte
reflexão sobre uma das maiores referências da profissão na história desse país.
A forma que as diversidades e problemas surgiram e foram, ou não solucionados, reflete
como o jornalista deve ser portar diante da sua rotina: com paixão.
O estudante e
profissional do jornalismo devem ler este livro para conhecer mais sobre, pois
vai ser através dele que encontrarão como é a carreira jornalística, além de
refletir como foi a vida de um dos mais poderosos jornalistas da história
do país.
Essa história foi um verdadeiro
exemplo de empreendedor. Minha razão de Viver mostra que mesmo com as sérias
dificuldades financeiras que os jornais nos quais trabalhou sempre tiveram,
Samuel Wainer sempre buscou apoio para continuar publicando suas reportagens
que sempre foram sucesso em todo o Brasil.
Relacionar esse livro ao nosso cotidiano é algo interessante. Como percebermos, a crise financeira e política têm influenciado cada vez mais qualquer produção jornalística. Estar em um meio de comunicação que, assume ou não suas defesas políticas vão influenciar no seu produto podendo gerar conflitos na reflexão do consumidor de notícias.
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