sábado, 18 de junho de 2016

Resenha - Minha razão de viver



Por Noemia Silva 
 
Samuel Wainer morreu aos 68 anos de idade. A sua infância foi tumultuada porque seus pais eram judeus. Ainda criança mudou-se para o Brasil. Mais velho, começou a sua carreira no curso de Farmácia, depois foi leiloeiro e participou de alguns jornais israelitas e judeus e, a partir daí, se apaixonou pelo jornalismo. 

Após entrevistar Getúlio Vargas, uma amizade surgiu. Dessa amizade, nasceu o jornal populista "Última Hora", focado em interesses do então presidente, buscando transformar os moldes tradicionais de se fazer notícia, tornando-o assim, um jornalista consagrado. Para Samuel Wainer, isso não mudou a sua postura profissional e com humildade soube conduzir sempre com reta intenção a caminhada por ele sonhada. Este jornal se destacou por suas inovações e grandes reportagens. Sofreu muitas dificuldades financeiras, ataques dos concorrentes e problemas com a questão de sua nacionalidade e a procedência do dinheiro do jornal. 

Para mim, todos que estão direta e indiretamente relacionados com o jornalismo precisam ler esse livro. Ele traz uma forte reflexão sobre uma das maiores referências da profissão na história desse país. A forma que as diversidades e problemas surgiram e foram, ou não solucionados, reflete como o jornalista deve ser portar diante da sua rotina: com paixão.

 O estudante e profissional do jornalismo devem ler este livro para conhecer mais sobre, pois vai ser através dele que encontrarão como é a carreira jornalística, além de refletir como foi a vida de um dos mais poderosos jornalistas da história do país.

Essa história foi um verdadeiro exemplo de empreendedor. Minha razão de Viver mostra que mesmo com as sérias dificuldades financeiras que os jornais nos quais trabalhou sempre tiveram, Samuel Wainer sempre buscou apoio para continuar publicando suas reportagens que sempre foram sucesso em todo o Brasil.

Relacionar esse livro ao nosso cotidiano é algo interessante. Como percebermos, a crise financeira e política têm influenciado cada vez mais qualquer produção jornalística. Estar em um meio de comunicação que, assume ou não suas defesas políticas vão influenciar no seu produto podendo gerar conflitos na reflexão do consumidor de notícias. 

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